Com mais de 30 anos de legislações em prol da paridade de gênero dentro do Congresso Nacional, o país ainda está longe de ver este resultado na prática. Hoje, as mulheres representam em torno de 17% dos parlamentares, entre Câmara dos Deputados e Senado Federal, revelando uma subrepresentatividade, afinal, elas representam mais de 51% da população brasileira. Segundo uma estimativa calculada pela cientista política Hannah Maruci, no ritmo da política brasileira, serão necessários mais de 100 anos para o Brasil alcançar a proporcionalidade de gênero.

Hoje a legislação obriga que partidos garantam, ao menos, 30% dos nomes lançados ao pleito sejam de um dos gêneros. Para driblar as chamadas ‘candidaturas laranjas’, uma nova lei obriga, também, uma divisão proporcional dos recursos financeiros. Mas até isso os partidos políticos estão buscando maneiras de passar por cima.

“A  gente atuou no passado muito fortemente contra a PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Anistia. Ela não passou. Enfim, claro que a gente sabe que isso volta sistematicamente, mas a gente tá muito atenta a isso”, afirma Maruci, em entrevista ao programa Bem Viver desta terça-feira (5), a respeito da tentativa do congresso de “perdoar” os partidos que não cumpriram regras do código eleitoral durante o pleito de 2022, como, por exemplo, as cotas de mulheres.

Ficha técnica:
05-03-24 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:00
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Daniel Lamir
Edição e Produção: Daniel Lamir, Douglas Matos e Mariana Lemos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato