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Não há dúvidas que o samba é um patrimônio brasileiro. Celebrado no dia 2 de dezembro, o Dia do Samba busca reconhecer e valorizar o estilo musical carregado de gingado e melodia, que encanta pelo ritmo, pelas variações, pelas danças e pela energia que caracteriza as rodas de samba.

Mais que isso, o samba é uma cultura de resistência, é o que explica o escritor, professor, historiador, compositor e babalaô no culto de Ifá, Luiz Antônio Simas, em entrevista do Programa Bem Viver. Ele destaca ainda que a sobrevivência, após décadas de perseguições, se dá também pela capacidade de saber negociar.

“O samba é uma cultura de resistência. Mas o samba é complexo demais, porque dentro você tem instâncias de negociação, o samba negocia o tempo todo. O samba não bate de frente com o poder instituído o tempo todo. Ele bate de frente, mas ele também negocia. O samba avança, mas também tem a capacidade e o jogo de cintura de negociar. O tempo todo acontece isso, até porque nós temos uma visão de resistência que é muito viciada na ideia do conflito. Muitas vezes negociar é uma maneira de você resistir. Isso é mais complexo do que a gente imagina”, pondera Simas.

06-12-23 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:02
Apresentação: Daniel Lamir
Roteiro: Denise Salomão
Edição: Daniel Lamir e Douglas Matos
Produção: Mariana Lemos
Trabalhos técnicos: André Paroche
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Direção de programas de rádio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato