Depois de oito meses de articulação, em agosto, o governo recriou Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO). Conquista histórica dos movimentos populares do campo, a ferramenta foi estabelecida ainda em 2012, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Descontinuada na onda de cortes de políticas públicas que o Brasil viveu após o golpe contra a ex-presidenta, em 2016, a Comissão volta, agora, com a promessa de ser uma das ferramentas para tirar o Brasil do Mapa da Fome.

“A gente está dizendo que a retomada da política de agroecologia precisa estar na boca do povo para que se defenda uma saída da fome com alimento de verdade, com comida de verdade, e essa comida de verdade ela precisa ser produzida pela agricultura familiar, camponesa, pelos povos tradicionais”, afirma o agrônomo Paulo Petersen, integrante do núcleo executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

“Nós já saímos do Mapa da Fome [classificação estipulada pela ONU da qual o Brasil voltou a fazer parte desde 2022] lá atrás, mas nós saímos do Mapa da Fome com comida industrializada, chamada ultraprocessado. Então, nós saímos do Mapa da Fome, mas os problemas de saúde associados à má alimentação aumentaram muito”, comenta o agrônomo em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (8).

Ficha técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Anelize Moreira
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção de programas de áudio: Camila Salmazio
Direção executiva: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia