O último final de semana foi marcado por uma celebração da independência do Brasil ao modo baiano. O estado nordestino  teve um processo particular de expulsão da coroa portuguesa, em 2 de julho de 1823, por tanto, a região tem uma data extra para comemorar a emancipação do país do domínio português.

No domingo (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil na Bahia.

Lula desfilou em carro aberto durante parte do cortejo acompanhado pela primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, e pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Logo no início do desfile, o presidente conversou com jornalistas e exaltou o caráter popular do 2 de Julho.

Para a historiadora Wlamyra Albuquerque, o 2 de julho na Bahia é uma mistura disso tudo. Na contramão da maneira como a “memória nacional” costuma ser contada, fazendo do povo “o grande protagonista ausente dos processos de ruptura”, diz Albuquerque, a forma como a independência é celebrada na Bahia torna evidente a participação popular na disputa pelos rumos do país – tanto há dois séculos atrás quanto nos dias de hoje.

“É uma forma popular de fazer política”, resume a historiadora, se referindo aos festejos, mas também ao que representam as figuras de Maria Quitéria e Maria Felipa, que permearam a conversa com o Brasil de Fato. “É uma festa que ensina a todos nós como podemos construir espaços políticos que não se limitam aos gabinetes e aos palácios”, sintetiza.

Ficha técnica:
Apresentação: Geisa Marques
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Domínio público