Completado um ano nesta segunda (5), o assassinato do indigenista Bruno Pereira é considerado um marco para a mobilização dos servidores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

“O crime aconteceu em um momento que nós sofríamos um clima de assédio terrível. Os servidores passavam por uma situação que, além de serem perseguidos por processos administrativos e criminosos por fazer trabalhos, eram forçados a prevaricar, porque a gente tava numa gestão anti-indígena e anti-indigenista”, relata a indigenista da Funai e sindicalista Mônica Carneiro em entrevista ao programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato na edição desta segunda-feira (5).

Servidor da Funai, Bruno foi demitido em 2019 pelo então ministro Sergio Moro de uma diretoria da Funai em Brasília logo após coordenar uma operação contra o garimpo ilegal no Vale do Javari. Sem respaldo dos seus superiores, ele se licenciou do órgão indigenista para trabalhar diretamente para a Univaja (União dos Povos do Vale do Javari). Desde aquela época, ele recebia ameaças de morte.

Ficha técnica:
Apresentação:  Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Letícia Alves – Sintsef