A decretação do estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional pelo governo federal, na última segunda-feira (22), inevitavelmente, gerou certa apreensão em parte da população sobre quais podem ser as consequências da presença do vírus da gripe aviária em território nacional.

Até o momento, são oito casos registrados em aves silvestres, sendo sete no Espírito Santo e um no Rio de Janeiro. Não há confirmações da presença do vírus H5N1 em seres humanos, até o momento.

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) está analisando quatro casos suspeitos. Foram descartadas suspeitas de outras 38 pessoas terem contraído a doença.

“Tudo que deveria ser feito, está sendo feito neste momento”, analisa a especialista Mellanie Fontes-Dutra, biomédica, neurocientista e que realiza a pesquisa de pós-doutorado em virologia.

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Segundo a pesquisadora, o estado de emergência é importante para facilitar a destinação de recursos para os locais que precisam de mais atenção. “Vigilância é a chave”, resume.

Segundo o Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), apesar dos registros, o país se mantém na condição de nação livre da IAAP e o comércio internacional de produtos avícolas não deve ser afetado.

“Um surto deste tipo não é, necessariamente, algo alarmante. É um momento de reforçar a biossegurança, principalmente dentro de criadores de aves”, explica Dutra.

Desde que o H5N1 começou a circular no mundo, já foram registrados casos em seres humanos. Apesar de ser algo preocupante, a situação mais alarmante ainda não foi registrada no mundo, que seria a confirmação da transmissão de humano para humano.

Ficha técnica:
Apresentação:  Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Chaideer Mahyddin/AFP