Você ou algum conhecido já pode ter ouvido de um médico ou médica a recomendação para reduzir o sal da comida, por exemplo, como forma de contribuir com o tratamento de alguma doença. Também é comum a indicação de alimentos considerados mais saudáveis para a dieta. “Substitua o óleo de soja pelo azeite de oliva”, “no lugar de carne vermelha, que tal incluir o salmão na dieta?”. Essas podem ser algumas das frases escutadas em consultórios médicos. No entanto, esse discurso muitas vezes não está alinhado à realidade do paciente.

Em um país como o Brasil, onde mais de 30 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, conforme dados da Rede Penssan, não é viável recomendar trocas como essas ao indicar caminhos para uma alimentação mais saudável. Alimentos caros não cabem no orçamento de uma grande parte da população, que enfrenta dificuldades para comprar o essencial para sobreviver. E os profissionais de saúde, que estão na ponta, especialmente nos serviços públicos, precisam saber disso.

Essa foi uma das motivações para a incorporação da disciplina de Medicina Culinária, há quatro anos, no currículo dos futuros médicos e médicas formados pela Universidade de São Paulo (USP).

Em entrevista à edição desta quinta-feira (12) do programa Bem Viver, a professora Thais Mauad, docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), conta que o curso pioneiro no país foi inspirado em escolas estadunidenses, mas adaptado para a realidade brasileira.

Ficha Técnica:

Apresentação: Nara Lacerda
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Lucas Weber, Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em Destaque: Tânia Rêgo/ Agência Brasil