O dia 10 de agosto de 2022 marca os 110 anos do nascimento do escritor baiano Jorge Amado, que faleceu há 21 anos, em 06 de agosto de 2001.

O tempo não foi capaz —  e certamente nunca será —  de tirar as obras dele das estantes de livros e do centro de debate político e cultural do país. Jorge  Amado segue como um dos mais importantes escritores do país. Sua vasta obra, traduzida para mais de 50 idiomas, segue atual e capaz de dialogar, em diversos aspectos, com a realidade do país.

“Os valores que ele carrega na narrativa são coisas que fazem com que as obras continuem atuais. São bandeiras que, de fato, ele levantava, quando  falava sobre o candomblé, das mães de santo, dos terreiros, os pais de santo. Eram muito da realidade dele, e que ele trazia como uma narrativa romanesca, que de verdade tinha algo de político ali por dentro que a gente percebe até hoje”, defende a diretora da Fundação Casa de Jorge Amado, Ângela Fraga, em entrevista ao programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato.

Segundo a pesquisadora, a obra de Jorge Amado “abraça muitas pessoas”, pela capacidade de contar com particularidade e preciosismo a realidade de diferentes segmentos da população.

“A partir do momento em que os personagens e as narrativas trazem muito de humanidade, ele traduz muito do que é o povo brasileiro. Não somente nos seus problemas sociais, que, infelizmente, muitos deles ainda perduram desde de o primeiro romance até hoje, mas também na alegria do povo, na graça, nos costumes, na cultura, especialmente a cultura da Bahia”, continua Fraga.

Ficha técnica:

Apresentação: Nara Lacerda
Roteiro: Lucas Weber
Edição e produção: Geisa Marques, Douglas Matos e Daniel Lamir
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles.
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Acervo Arquivo Nacional