Além de não produzir alimentos para o combate a fome no país, o agronegócio não gera riqueza, intensifica a reprimarização da economia nacional, traz altos custos ao Estado, gera poucos empregos e é o grande responsável por devastações ambientais. Esta é a avaliação do estudo “O agro não é tech, o agro não é pop e muito menos tudo”, publicado hoje (21) pela Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA).

“A análise da balança comercial mostra que o agronegócio leva a economia brasileira para o que chamamos de reprimarização, pautada em produzir materiais primas e importar industrializados. Isso aponta para uma inserção regressiva subalterna do Brasil no mercado mundial”, disse um dos autores da pesquisa Marco Antônio Mitidiero Júnior, em entrevista a edição de hoje do Programa Bem Viver. “Como esses produtos têm um valo mais baixos o agronegócio é o setor da economia que menos contribui para a produção de riquezas”.