A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um problema cada vez mais frequente na sociedade contemporânea. O que pouco se debate é que, além de sintomas individuais, os casos também estão ligados a precarização da seguridade social, aumento da competitividade e busca desenfreada pelo lucro por parte de empresas e empregadores, comportamento crescente com acirramento da lógica neoliberal nas últimas décadas.

“A síndrome de burnout é uma categoria médica que vem mostrar como pessoas tem determinados sintomas pelo excesso de trabalho, responsabilidade e competição”, pontuou o professor de sociologia do Instituto Federal de Alagoas, Leonardo Siqueira, em entrevista à edição de hoje (7) do Programa Bem Viver. “No passado, se alguém da equipe tinha dificuldades, a cultura era de todos o ajudarem a superar. A partir dos anos 1970 esse paradigma muda e as gestões adotam a ideia de pressionar para ter maior ganho. Se ele estourar é substituído por outra pessoa”.