O educador Paulo Freire foi um revolucionário e um autor utópico, que soube dialogar com o diferente e ter uma postura crítica e fraterna diante da vida, do trabalho e da família. É a assim que a segunda esposa do pensador, Ana Maria Araújo, mais conhecida como Nita, que viveu com ele até sua morte, lembra Freire. O pensador que revolucionou a educação no Brasil e no mundo completaria 100 anos no próximo domingo (19).

“Paulo sempre foi um revolucionário, sempre criou coisas novas, desde que se pôs homem maduro”, disse Nita, em entrevista ao programa Brasil de Fato Entrevista, repercutida na edição de hoje (17) do Programa Bem Viver. “Paulo nunca desejou o mal a ninguém. Ele dizia que com seus antagônicos não poderia ter diálogo, mas com os diferentes sim. O diferente ensina. Se fossemos todos iguais ou se convivêssemos só com os iguais nada aprenderíamos, nada mudaria. É necessário que a gente tenha o diferente. Isso aumenta a possibilidade de entendimento e de uma nova leitura do mundo.”