Ao se calarem diante das políticas do governo federal que ajudaram a propagar o novo coronavírus, as instituições brasileiras acabam sendo cúmplices de uma política de morte que já vitimou mais de 500 mil pessoas e para a qual “não há lenços que consigam conter essas lágrimas”, segundo palavras do filósofo Leonardo Boff. Convidado especial da edição de hoje (5) do Programa Bem Viver, ele é escritor e uma das principais vozes da Teologia da Libertação na América Latina.

“Temos que pressionar as instâncias que tem poder e que assistem a dizimação de seu próprio povo. De certa maneira elas são cúmplices porque deixam seus irmãos serem mortos por uma política desastrosa de um presidente que não ama seu povo nem seu país”, disse. “O povo não saiu completamente a rua, mas vai chegar a época das grandes manifestações mundiais. A pressão das ruas vai tirar qualquer legitimidade de quem é inimigo da vida. Temos que pressionar a partir de baixo.”