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Em pré-venda, o livro Cinema Vivido: raça, classe e sexo nas telas prova que as ideias de bell hooks, de fato, vão seguir influenciado a sociedade por muito tempo ainda.
A escritora estadounidense faleceu em 2021, aos 69 anos, após ter 40 livros publicados em 15 idiomas diferentes. Filha de zelador e de uma empregada doméstica, bell foi educada em escolas segregadas nos Estados Unidos e publicou seu primeiro livro de poemas, And There We Wept, em 1978.
A mais recente obra, que chega ao Brasil por meio da editora Elefante, tem foco nas produções cinematográficas produzidas por Hollywood ao longo dos anos 1990 e também no início dos anos 2000.
hooks fez análises a partir de um olhar feministas e antirracista de obras de Quentin Tarantino, Mike Figgis, John Singleton, Julie Dash e Spike Lee.
Como a própria escritora definiu, o livro “questiona e ao mesmo tempo celebra a capacidade do cinema de abrir caminho para uma nova consciência e de transformar a cultura”.
Com tradução de Natalia Engler, a versão brasileira vem com prefácio escrito pela cineasta Joyce Prado. Idealizadora da empresa Oxalá Produções, a soteropolitana assina a maioria dos clipes da cantora Luedji Luna.
Prado também é responsável pelo mais recente trabalho audiovisual de Margareth Menezes, Terra Aféfé.
“Eu acredito que o Cinema Vivido vai ser uma referência bibliográfica para podermos falar sobre crítica cinematográfica e sobre realização cinematográfica a partir de uma perspectiva de uma mulher negra”, afirma Prado em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (15).