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Nesta terça (31) e quarta-feira (1) uma comitiva de mães e familiares de pessoas vitimadas pelo Estado tem agenda com membros do alto escalão do governo e também do parlamento, em Brasília (DF), para discutir a violência praticada por agentes públicos, contra, especialmente, a população negra e periférica do país.
Estão marcados encontros com os ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, além de representantes da pasta da Igualdade Racial.
São sete coletivos de mães que participam da agenda. Um deles é o Mães de Maio, criado em 2006 para protestar contra a Polícia Militar (PM) de São Paulo que, naquele ano, em apenas um mês, realizou ações que resultaram na morte de 564 jovens da periferia da capital paulista.
“Quando temos uma violência estatal planejada, contra nós, negros, moradores de favela e periferias, nós que sabemos a dor do genocío, do sistema presidiário, temos propriedade para falar olho no olho de cada ministro a mudança emergencial que precisa ser implementada no país”, afirma Débora Maria Silva, coordenadora e fundadora do Mães de Maio, em entrevista ao Bem Viver, programa da Rádio Brasil de Fato nesta quarta-feira (31).
Ficha técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Olivia Soulaba/Mães de Maio