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Lançada há um mês, a Rede Katahirine já começou fazendo história. A iniciativa é formada, atualmente, por mais de 30 etnias que compõe a primeira articulação de mulheres cineastas indígenas do país.
“Eu gosto de ver esse início apenas como um ponta pé. Esse início é apenas o processo de catalogar essas mulheres, onde elas estão produzindo. Sabemos que para a gente existir é preciso estar em números, estatisticamente, em algum lugar. Então esse é o ponta pé inicial. Colocar essas mulheres que existem, e sempre existiram, em uma rede”, explica Graciela Guarani, produtora cultural, ativista, comunicadora, cineasta, curadora de cinema, formadora em audiovisual e uma das responsáveis pela Rede.
A constatação de que o cinema das mulheres indígenas segue invisibilizado no Brasil levou a organização a realizar uma busca por todo o país, que chegou a mais de 70 profissionais. O mapeamento segue inicialmente em território nacional, mas a ideia é estender a pesquisa para povos originários de outros nações da América Latina.
Segundo Graciela Guarani, o potencial da iniciativa surpreendeu as próprias realizadoras. “Eu não tinha de noção de quantas mulheres existiam. Cada uma das pessoas que compõe esse corpo fundador tinha uma rede, então sabíamos do potencial. Mas eu não tinha ideia”.
Ficha técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Lucas Weber
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Reprodução