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Formada pelos três povos mais atingidos pelo garimpo ilegal dentro de Terras Indígenas (Yanomami, Munduruku e Kayapó), a articulação Aliança em Defesa dos Territórios lançou um documento que detalha o mecanismo da extração ilegal de ouro nas TI’s e também soluções para conter os crimes.
O dossiê Terra Rasgada traz no nome o efeito sentido na prática pelas comunidades tradicionais. “O garimpo rasga a nossa terra e afeta toda população”, explica, em entrevista ao Bem Viver desta terça-feira (4), Maial Kayapó, liderança indígena que participou da produção do relatório e fundação da Aliança.
Dados recentes do MapBiomas revelaram a área destinada à exploração garimpeira na Amazônia. No ranking aparecem a TI Kayapó, com 11.542 hectares, a TI Munduruku, com 4.744 ha, e a TI Yanomami, com 1.557 há — respectivamente a primeira, a segunda e a terceira Terra
Indígena mais impactada pelo garimpo em todo o território nacional.
Com apoio do ISA (Instituto Socioambiental) e o Greenpeace, o documento foca em dois pontos: denunciar como o garimpo afeta de múltiplas formas a vida da população e também como a população indígena tem a resposta para combater os crimes.
“Tivemos uma equipe técnica formada por vários especialistas no monitoramento de satélites e outros sistemas geradores de dados e informações pertinentes. A elaboração do dossiê teve objetivo principal de mostrar ao governo e a demais setores que temos uma solução para o garimpo ilegal”, explica Maial Kayapó.
Ficha Técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Lucas Weber, Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em Destaque: Bruno Kelly/Amazônia Real