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Nesta semana, o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus do programa de observação da Terra da União Europeia divulgou um novo estudo provando que os últimos oito anos foram os mais quentes da história.
Segundo os dados apresentados, as temperaturas no mundo em 2022 ficaram 1,2ºC acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). O verão na Europa foi o mais quente já registrado, superando o recorde do ano anterior.
Apesar da divulgação partir de uma agência europeia, e diversas medições se referirem à situação do continente, é fato que os maiores impactos das mudanças climáticas atingem a população que reside na Amazônia, e, em especial, mulheres negras e indígenas.
O diagnóstico foi constatado e divulgado por uma série de pesquisas do projeto Amazônia Legal Urbana, que traçou um panorama da segregação social nos conglomerados urbanos de sete das nove capitais situadas no bioma.
A Amazônia Legal engloba Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e parte do Maranhão.
A pesquisa mostra que, embora a desigualdade regional no Brasil desfavoreça o Norte e o Nordeste como um todo, essas regiões têm no seu interior grupos mais segregados do que outros.
“Essa vulnerabilidade não é uma vulnerabilidade universal. Então a gente quis trabalhar na perspectiva de demonstrar que existem desigualdades etnicorraciais e de gênero que perpassam esse ordenamento territorial e que isso vai reverberar também nas condições de saúde da população.”
A avaliação é de uma das integrantes do projeto Amazônia Legal Urbana, a doutora em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Andrêa Ferreira, em entrevista ao programa Bem Viver.
Ficha Técnica:
Apresentação: Nara Lacerda
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Lucas Weber, Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em Destaque: Bruno Kelly/Amazônia Real