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O funk respira a complexidade da sociedade brasileira como poucas manifestações culturais. Se hoje o gênero vive a consagração internacional, com premiações extremamente relevantes e é aplaudido como trilha sonora do esporte, são constantes os casos de perseguição a funkeiros e aos bailes que acontecem nas quebradas do país.
É essa dicotomia que permeia o livro O Funk na Batida, de Danilo Cymrot, lançado neste ano, pela Edições Sesc São Paulo. Doutor em criminologia pela Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), foi no ramo que estuda a perseguição e o estigma às populações mais pobres que Cymrot encontrou seu caminho.
“É muito curioso isso, porque os críticos do funk também, não raras vezes, dizem que o funk faz sucesso justamente porque a indústria cultural manipula a opinião pública e enfia o funk goela abaixo da população, supostamente porque o funk é um gênero alienado e essa é uma das formas de você alienar a população. O que é um grande preconceito, porque está mais do que demonstrado que o sucesso do funk não vem de cima pra baixo, ele vem de baixo pra cima. Ele surge nos bailes e só depois que o funk já fez muito sucesso, já estourou, é que a indústria cultural vai atrás para tentar se apropriar e tirar uma casquinha. A grande indústria sempre chega atrasada”, afirma Cymrot.
Ficha Técnica
Direção e Entrevista: José Eduardo Bernardes
Produção: Camila Mattos
Edição: Leonardo Rodrigues
Edição de podcast: Daniel Lamir e Douglas Matos
Edição técnica do podcast: Adilson Oliveira
Arte: Cesar Habert Paciornik
Coordenação de Audiovisual: Monyse Ravena
Coordenação de Jornalismo: Glauco Faria
Coordenação de Rádio: Camila Salmazio
Coordenação de Redes Sociais: Cris Rodrigues
Direção de programas: Isa Chedid
Direção-geral: Nina Fideles
Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal