Relatório apresentado pelo Observatório do Clima nesta segunda-feira (17) mostra como o país passa por um momento de inflexão a respeito da política de controle de emissão de metano, considerado o segundo gás mais nocivo para o aquecimento global.

Dados coletados por meio do  SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa) mostram que se mantidas as políticas atuais, o país chegará a 2030 emitindo 7% a mais do que em 2020.

Por outro lado, o Observatório do Clima mostrou medidas possíveis para que a emissão de metano seja reduzida em 36% até 2030 em relação aos níveis de 2020. 

Segundo o estudo, esse índice pode ser alcançado apenas ampliando políticas e medidas já existentes na agropecuária, no setor de energia, no saneamento e no controle do desmatamento.

O metano (CH4) é o segundo maior responsável pelo aquecimento global. Cada molécula desse gás esquenta o planeta 28 vezes mais do que uma molécula de dióxido de carbono (CO2) num prazo de cem anos. Em 20 anos, tal potencial de aquecimento é ainda maior: 80 vezes. Quase metade do aumento de temperatura global observado hoje se deve às emissões desse gás. 

O Brasil é o quinto maior emissor mundial de metano, com 5,5% das emissões globais desse gás, ou 20,2 milhões de toneladas em 2020, segundo estimativa do SEEG

Ficha técnica:

Apresentação: Nara Lacerda

Roteiro: Lucas Weber

Edição e produção: Geisa Marques, André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira

Supervisão: Rodrigo Gomes

Coordenação: Camila Salmazio

Direção: Nina Fideles

Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato

Foto em destaque: Divulgação TV Brasil