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Neste 28 de julho se completam 84 anos da emboscada armada pelas tropas volantes, como era chamada a polícia que atuava no sertão no início do século XX, que resultou na morte de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, e Maria Gomes de Oliveira, ou Maria de Déa, que, a partir deste episódio, seria conhecida como Maria Bonita.
“A principal versão para a história é que um dos soldados que participou da chacina, ao mandar um telegrama para o comandante das forças, chamou ela de Maria Bonita, porque realmente achou ela bonita e não sabia o nome dela. E assim ficou o nome nos registros oficiais”, explica a jornalista e escritora Adriana Negreiros em entrevista ao programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato. Ela é autora da biografia Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no Cangaço (Objetiva, 2018).
Negreiros lembra que existe mais uma explicação pra mesma história: “A outra versão que circula é que nas redações de jornais do Rio de Janeiro já chamava a mulher de Lampião de Maria Bonita, em alusão ao romance homônimo de Afrânio Peixoto, que também se passava no sertão da Bahia“. No entanto, a primeira é a mais aceita.
Em 28 de julho de 1938, Lampião, Maria Bonita e mais um grupo de aproximadamente 30 cangaceiros estavam acampados na fazenda Angicos, situada no sertão de Sergipe. O local era tido como de alta segurança por Lampião. No entanto, naquela madrugada, os cangaceiros foram surpreendidos com a chegada das tropas volantes que mataram o Rei e Rainha do cangaço e mais 10 pessoas que integravam o grupo.
Ficha técnica
Apresentação: Nara Lacerda
Roteiro: Lucas Weber
Edição e produção: Geisa Marques, Douglas Matos e Daniel Lamir
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles.
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Benjamin Abraão