Racismo ambiental é um termo cada vez mais fundamental para entender os efeitos da desigualdade social no país. A explicação é da advogada e mestra em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Juliane Lima, na edição desta quarta-feira (20) do Bem Viver.

“Racismo ambiental foi trazido ao Brasil pela geografia. Originalmente ele era destinado para explicar a situação da população quilombola e ribeirinha, que eram ignorados pelo Estado. Quando a gente traz para a região urbana é para explicar essa ausência nas regiões periféricas da cidade. Então racismo ambiental está diretamente relacionado a território”, explica a pesquisadora.

A entrevista faz parte da programação especial do Bem Viver sobre o Julho das Pretas, homenagem inspirada na data celebrada deste mês, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Aqui no Brasil, a data foi sancionada em 2014 por Dilma Rousseff como Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola que viveu durante o século XVII.

Ficha técnica 

Apresentação: Nara Lacerda
Roteiro: Lucas Weber
Edição e produção:  Geisa Marques, Douglas Matos e Daniel Lamir
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles.
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Rodolfo Loepert/Prefeitura do Recife