A tragédia que atinge o Rio Grande do Sul tem impactado, ao menos, cinco assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). São cerca de 420 famílias que perderam suas casas, além da produção de alimentos, que foi comprometida na totalidade. A região é conhecida como expoente no plantio de arroz orgânico, que levou o MST a ter o título de principal produtor do grão na América Latina.

Mas a direção do MST também está preocupada com todas as outras culturas cultivadas. Segundo o dirigente do movimento no Rio Grande do Sul, Sedenir Oliveira, as famílias não poderão atender, por exemplo, ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), programa do governo federal que distribui alimentos saudáveis para a população.

Segundo Oliveira, são 15 mil famílias impactadas com isso. Além disso, os assentamentos da região comercializam os produtos em 40 feiras orgânicas em Porto Alegre, o que também não será feito e não há previsão de retomada.

Porém, a principal preocupação do dirigente não é com a situação atual, e sim com o próximo mês, quando a água deve baixar e a “comoção acaba”. “Na minha avaliação, é o pior momento. Por isso que eu estou dizendo que esse momento ainda tem a comoção, né?”, afirmou em entrevista ao programa Bem Viver desta quinta-feira (9).

Ficha técnica:
09-05-24 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:00
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Daniel Lamir
Edição e Produção: Mariana Lemos e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato