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“Grande erro na história da humanidade”. Assim define a obstetriz Juliana Mesquita sobre o momento em que o trabalho de parto deixou de ser uma tarefa das parteiras e virou um procedimento médico. Hoje, Mesquita é uma das sócias da Casa de Cordão, em Fortaleza (CE), que realiza parto humanizado em um atendimento multidisciplinar para as mães e para toda a família.
A inspiração do projeto veio de um experiência que é referência em todo o país, a Casa Angela, localizada na zona sul de São Paulo. Fundada oficialmente há 15 anos, o espaço já realizou 3.500 partos e oferece atendimento 100% gratuito, vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Por quase cinco anos, Mesquita atuou na Casa Angela, mudando a concepção de parto que tinha aprendido na faculdade de obstetriz, na Universidade de São Paulo (USP), e todos os partos que acompanhou em hospitais privados. “Os nenéns nasciam, na maioria de cesárea, iam pro bercinho, eu aspirava [o nariz], fazia a vitamina K, fazia as injeções, o neném sempre chorando, e aí nas primeiras vezes você fala ‘nossa, mas é normal?’,, e as pessoas falavam pra mim ‘ah, é normal, recém-nascido não sente dor’”, relata Mesquita em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (10).
Ficha técnica:
10-05-24 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:00
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Daniel Lamir
Edição e Produção: Mariana Lemos e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato