Por todo mundo, processos revolucionários são associados a músicas e artistas. No Brasil, por exemplo, a simples citação dos versos “vem vamos embora, esperar não é saber” já é o suficiente para associar com os movimentos de resistência e combate à ditadura militar.

No entanto, Portugal tem um caso particular. Na opinião do historiador Ivan Lima, a Revolução dos Cravos é um exemplo único. Este 25 de abril marcam 50 anos do início do processo revolucionário, que teve como “senha” de mobilização a canção Grândola, Vila Morena, composição de José Afonso.

“Ele virou o grande símbolo da composição portuguesa, foi preso várias vezes. E é com a  música  de José  Afonso que se desenha de fato, que se executa o processo revolucionário.  Foi decidido um mês antes da revolução, numa apresentação do Coliseu de Lisboa, que a canção Grândola  Vila  Morena, uma marcha lentejana gravada em 1971, seria a senha revolucionária”, explica Ivan Lima, em entrevista ao programa Bem Viver desta quinta-feira (25).

Ficha técnica:
25-04-24 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 00:59:51
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Afonso Bezerra
Edição e Produção: Mariana Lemos, Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato