O golpe de 1º de abril de 1964 “atrasou o desenvolvimento social do país em 50 anos”. Essa é a avaliação de João Vicente Goulart, filósofo e político brasileiro filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), sobre a consequência dos 21 anos de ditadura no Brasil. Em entrevista ao Programa Bem Viver, João Vicente relembra como foi aquele dia 1º e critica as propostas de “deixar pra lá” a memória do golpe.

Para ele, qualquer ideia de que o golpe ficou para trás, como recentemente defendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pode ser levada a sério, sobretudo pelas graves consequências que o golpe trouxe ao povo brasileiro.

“Esses 60 anos do golpe de estado de 1964 é o momento de relembranças. Eu acho que o Brasil não pode esquecer o seu passado para conhecer o seu futuro. Temos visto algumas pessoas dizerem que 1964 está na história, não vamos remoer o passado, mas não se trata de remoer o passado, se trata de conhecer a verdade. A verdade é que se destrói um projeto de nação, não se dá apenas um golpe no governo João Goulart. É um golpe de estado num projeto de nação que estava em desenvolvimento, com as melhores mentes brasileiras que agiam naquele momento como ministro, como chefe da casa civil”, avalia.

Ficha técnica:
28-03-24 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:15
Apresentação: Afonso Bezerra
Roteiro: Denise Salomão
Edição e Produção: Mariana Lemos e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Direção de programas de Áudio: Camila Salmazio
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção Executiva: Nina Fideles
Agradecimento: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato