“Enquanto os colegas modernistas, como Oswald de Andrade, a Tarsila [do Amaral], Victor Brecheret, Anita Malfatti, vinham para Paris beber aqui as vanguardas europeias, Mario [de Andrade] estava preocupado em descobrir esse Brasil profundo, em mergulhar realmente nas raízes da brasilidade”.
A explicação é da pesquisadora Márcia Camargos, escritora, jornalista e autora de 35 livros, sendo o mais recente deles Semana de 22: entre vaias e aplausos, uma republicação para celebrar os 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922.
Na opinião de Camargos, a escolha do termo foi feliz por contemplar estudos que Mário de Andrade fez que não apareceram ao longo da Semana de 22: “O repertório popular, o repertório negro, estava fora do Theatro Municipal”, afirma se referindo ao local onde ocorreu o evento em fevereiro de 1922.