Sérgio Vaz: ‘Na escola pública entendi Darcy Ribeiro dizer que a falência da educação é um projeto’

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“Eu insisto nisso porque eu acredito, eu sou um cara que acredito nas coisas que eu faço, eu acredito nas vozes que eu ouço, tá ligado assim. Não é nenhuma coisa heroica nem nada, é porque eu gosto. E eu descobri que indo nas escolas, há mais de 20 anos, quase toda semana numa escola pública, eu voltei a estudar. Comecei a entender a grandeza do professor e da professora da escola pública, consegui entender por que que eles são perseguidos, por que elas são perseguidas, consegui entender o [sociólogo] Darcy Ribeiro, quando ele disse que a falência da educação é um projeto. Então, eu voltei a estudar”.

Assim o poeta Sérgio Vaz explica sua luta enquanto poeta e escritor. Nascido em Ladainha, no interior de Minas Gerais, mas criado em São Paulo, mais precisamente na zona sul da cidade, é na periferia e sobre a periferia que o poeta dedica sua escrita poética e produção literária. Já são oito livros lançados e várias iniciativas voltadas à população periférica, como o Sarau da Cooperifa, fundado por Vaz, e a Vanguarda da Cultura Periférica de São Paulo, em que reúne semanalmente outros poetas e artistas para compartilhar suas vivências.