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“Tivemos diversos momentos do ano em que a média da Terra estava a 1,5 grau e, pela primeira vez, ultrapassamos dois graus acima da média pré-industrial. Ou seja, já tivemos um gostinho do que é o mundo se a gente não conseguir cumprir o acordo de Paris – tratado que o mundo celebrou em 2015 para enfrentar a crise climática, que fala em esforços para limitar o aumento da temperatura”.
O alerta é de Stela Herschmann, especialista em política climática do Observatório do Clima, em entrevista ao Programa Bem Viver. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a temperatura da Terra ficou 1,4°C acima da média histórica em 2023. O ano foi o mais quente já registrado em 174 anos. Além disso, as emissões de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, os três principais causadores de poluição no planeta, atingiram níveis recordes.
“É assustador pensarmos que 2023, apesar de ter sido o mais quente, provavelmente será o ano mais fresco dos próximos que vamos viver. É uma tendência que sabemos que foi causada pela humanidade. Nós somos a causa determinante. Principalmente com a queima de combustíveis fósseis, mas também com a emissão de gases de efeito estufa, atividades como as queimadas e o desmatamento”, destaca Stela.
29-12-23 – PROGRAMA BEM VIVER
Veículo – Rádio Brasil de Fato
Tempo: 01:00:38
Direção de programas de Rádio: Camila Salmazio
Direção Executiva: Nina Fideles
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil