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No último domingo (8), completaram-se cinco anos do assassinado de Romualdo Rosário da Costa, mais conhecido como Moa do Katendê ou Mestre Moa.
O crime aconteceu horas depois do fim do primeiro turno das eleições de 2018, em Salvador (BA). Em meio a uma discussão sobre política, Moa foi assassinado por um eleitor de Jair Bolsonaro (PL) após ter declarado voto em Fernando Haddad (PT), então candidato à presidência da República naquele momento.
Ainda em 2019, o autor do crime Paulo Sérgio Ferreira de Santana foi condenado a 22 anos de prisão.
Nestes cinco anos, a reflexão que amigos, familiares, admiradores e seguidores do mestre fazem é a perda que a sociedade inteira teve com a ausência de Moa do Katendê
“O mestre Moa estava anos na frente. Tudo isso que a gente está vivendo agora neste pós-pandemia, as ansiedades, esse imediatismo que a gente está vendo no mundo, o mestre Moa era um antídoto para isso. Estar com ele era entender a paciência, era entender o tempo. Caminhar com firmeza, porém sem pressa”, descreve Plínio Ferreira, amigo e compadre de Moa e mestre do Centro de Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô.
“E Moa estava num momento de maestria verdadeira”, avalia. No próximo 28 de outubro, ele faria 69 anos. “Eu acho que era o auge da sua sabedoria e ainda no vigor físico, com muita vontade de produzir as coisas”, relata mestre Plínio, com a voz levemente embargada.
Ficha técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Anelize Moreira
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção de programas de áudio: Camila Salmazio
Direção executiva: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Isabella Rudge