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Ao longo da campanha que levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a vencer as eleições de 2022, o combate à fome apareceu como um dos principais pontos defendidos pelo então candidato.
A saída do Brasil do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2014 foi um marco mundialmente reconhecido no caminho à promoção do direito humano à alimentação adequada e saudável.
Ainda como candidato e, agora, como presidente eleito, Lula vem reforçando como o governo será capaz de de repetir o logro de quase dez anos atrás.
No entanto, especialistas alertam que a fórmula do sucesso precisa ser adaptada para a realidade que o mundo vive hoje, principalmente, frente às mudanças climáticas.
É o que defende Ricardo Abramovay, professor da Cátedra Josué de Castro da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo).
“Não podemos atingir fome zero de qualquer maneira. A agropecuária representa um terço das emissões globais de gases do efeito estufa, e além disso é o mais importante vetor de destruição da biodiversidade do mundo”, argumentou o especialista em entrevista à Rádio USP vinculada na edição desta quinta-feira (5) do programa Bem Viver.
Ficha técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Anelize Moreira
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção de programas de áudio: Camila Salmazio
Direção executiva: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Christian Braga/ClimaInfo/Agosto de 2022