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O voto da presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber pela descriminalização do aborto ainda não pode ser considerado um avanço. A avaliação é da psicóloga e pesquisadora Nathália Diórgenes Ferreira Lima, coordenadora do curso de Serviço Social na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab).
A posição da especialista vem do entendimento da Marcha Mundial das Mulheres, movimento do qual ela é militante, que entende que a legalização do aborto é apenas o início de uma série de alterações que a sociedade brasileira precisa encarar.
“A legalização do aborto é a ponta do iceberg para o controle da vida, dos corpos, da capacidade reprodutiva e capacidade de trabalho das mulheres. Se eu, uma mulher, não tenho direito a decidir sobre o meu corpo, eu vou ter direito a mais do que na minha vida?”
Diórgenes traz esse questionamento para explicar, por exemplo, por que ainda é difícil encontrar mulheres em espaço de poder, como no Congresso Nacional ou no próprio STF.
Ficha técnica:
Apresentação: Camila Salmazio
Roteiro: Anelize Moreira
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão de reportagem: Rodrigo Gomes
Coordenação de Rádio e TV: Monyse Ravena
Direção de programas de áudio: Camila Salmazio
Direção executiva: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: MAURO PIMENTEL / AFP