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Embora a legislação ambiental brasileira seja considerada avançada, ela está fundada em um entendimento já ultrapassado que coloca o ser humano à parte da natureza.
Na avaliação da Vanessa Hasson, doutora em Direitos da Natureza e membra do programa da ONU (Organização das Nações Unidas) Harmony with Nature, “tudo é considerado recurso, até os humanos, que são chamados de recursos humanos nas corporações”, lembra.
Neste sentido, o reconhecimento do rio Laje em Guajará-Mirim (RO) como um ente vivo, por meio de uma lei municipal, foi algo “maravilhoso”, celebra a especialista que conversou com o programa Bem Viver desta segunda-feira (17).
“O texto da lei trata de nutrir relações e interrelações com todos seres que interagem com o Rio, considero ele um sujeito de direito”, explica Hasson, fundadora da Mapas, organização internacional, criada em 2004, que promove caminhos para o Bem Viver e para o reconhecimento dos Direitos da Natureza.
O projeto de lei de Rondônia garante a existência do Rio e de todos os outros corpos e seres que vivem em suas águas. A lei é considerada pioneira em alguns aspectos, defendem ambientalistas.
Ficha técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real