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Apesar das buscas sobre o assunto crescerem apenas nos últimos anos, o culto a Ègbé Orun acontece há séculos no Brasil, de acordo com o sacerdote, professor e escritor Olowo Adèlóná Isólá. De herança ancestral iorubá, a crença nos “pactos do céu” atravessaram o oceano atlântico, mas em um contexto histórico que rasgou parte de saberes e fazeres tradicionais no novo continente.
“Eu penso que a ‘sociedade do céu’, Ègbé Orun, ficou talvez esquecida ou se perdeu no tempo. Ou as pessoas que sabiam dessa tecnologia ancestral morreram e não passaram nenhum conhecimento, não transmitiu nenhum conhecimento”, avalia o religioso em entrevista ao Bem Viver desta quinta-feira (22).
Nas páginas do livro “Ègbé Orun: nossos amigos e familiares espirituais”, lançado em maio, no Recife (PE), Olowo Adèlóná Isólá pretende ajudar na religação da crença após séculos do abismo cultural criado pelas embarcações portuguesas, entre raízes tradicionais e novas relações de conhecimento na modernidade.
Ficha técnica:
Apresentação: Daniel Lamir
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: Lua Gatinoni, André Paroche e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto: Pedro Stropassolas