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Nesta quarta-feira (22), Jorge Ben Jor completa 84 anos de vida. O aniversário dele está sendo celebrado ao longo do mês de março por meio da iniciativa “Balanço Afiado: estética e política em Jorge Ben”, que discute a obra do artista com jovens de diversos bairros periféricos da cidade de São Paulo.
Allan da Rosa e Deivison Faustino são os idealizadores do projeto que apresenta, em uma perspectiva antirracista, as histórias e os detalhes da obra de Jorge Ben. O trabalho vai ser finalizado em julho, com o lançamento de um livro que contempla todo o conhecimento compartilhado nos encontros com os jovens.
“São dois anos de pesquisa concentra feitas por mim e pelo meu parceiro [Deivison Faustino], mas é uma vida ouvindo e irradiando pelas teias que Jorge Ben ajudou a tecer”, explica Allan da Rosa, escritor formado em História e com mestrado em Cultura e Educação na USP (Universidade de São Paulo).
Rosa conta que, ao iniciar a pesquisa sobre o cantor, “vimos muitos vícios da branquitude brasileira sobre Jorge Ben, e que se repetem em diversos outros artistas pretos também”.
O pesquisador denuncia que a crítica musical brasileira tende a colocar “artistas pretos exclusivamente no campo da intuição”. A intuição, em si, não é o problema. O problema é engavetar essas pessoas nessa característica, quando estamos falando de artistas que estudam e constroem técnicas elaboradas e vibrantes”.
Jorge Ben Jor é autor de 27 álbuns em estúdio, mais sete gravados ao vivo. Nascido no Rio de Janeiro, em 22 de março de 1939, demorou pouco, pouco mesmo, para lançar o primeiro hit e fazer sucesso.
No início dos anos 1960, apresentou-se no Beco das Garrafas, que se tornou um dos redutos da bossa nova. Em 1963, ele subiu no palco e cantou “Mas que Nada”. Foi o mesmo ano em que lançou o primeiro álbum, Samba Esquema Novo, recebido com louvor e entusiasmo, tanto pela crítica, como pelo público.
Ficha Técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Lucas Weber, Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em Destaque: Divulgação