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Aventada pelo governador de São Paulo, Tarciso de Freitas (Republicanos), a presença de policias dentro de instituições de ensino não é vista como uma medida eficaz para combater a violência dentro desses espaços, segundo especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato.
“Tudo que a gente tem de elementos de uma maior militarização de escolas mostra que esse movimento não tem respondido na redução de casos de violência”, argumenta Gabriel Salgado, coordenador de Educação do Instituto Alana.
:: Ataque a escola não é decisão individual e reflete contato com extremistas, diz pesquisadora ::
O ataque na Escola Estadual Thomázia Montoro, na cidade de São Paulo, que vitimou a professora Elizabeth Tenreiro, de 71 anos, foi o décimo caso do tipo que aconteceu apenas nos últimos 12 meses no Brasil.
De acordo com o relatório O ultraconservadorismo e extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às instituições de ensino e alternativas para a ação governamental, produzido pelo Grupo de Trabalho da Educação do governo de transição, o país tem registrados 22 ataques violentos com vítimas em unidades de ensino, 10 deles ocorridos nos últimos 12 meses.
Como resposta, Salgado argumenta que “uma alternativa é investir menos na militarização e mais nas condições de trabalho dos professores, na formação continuada desses profissionais”.
O especialista defende, também, que o combate à intolerância precisa ser tema constante nas salas de aula.
Ficha Técnica:
Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Lucas Weber, Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em Destaque: Fernando Frazão/Agência Brasil