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“Nós aprendemos na escola, até hoje é repetido para nós, que o Brasil foi descoberto no dia 22 de abril de 1500. O Brasil é um país que tem data e certidão de nascimento. A certidão é a carta do Pero Vaz de Caminha. Mas, na verdade, a arqueologia mostra para nós que essa história é muito mais antiga, que ela tem milhares de anos. Certamente mais de 12 mil anos, talvez mais de 20 mil anos. Esse espaço que o Brasil ocupa hoje foi profundamente modificado pelos povos indígenas.”
Essa fala do arqueólogo Eduardo Góes Neves, autor do livro Sob os tempos do equinócio: Oito mil anos de história na Amazônia Central, resume bem a história real da Amazônia, desmontando o mito da floresta vazia e intocada.
Em entrevista ao programa Bem Viver, Neves explica que já é consenso entre arqueólogos que não é possível separar a presença humana indígena e, depois, ribeirinha e quilombola, da história de formação desse bioma tão complexo. “Não podemos também pensar no futuro da Amazônia sem pensar no futuro dos povos tradicionais que vivem ali. Acho que essa é a grande são lição que a arqueologia”, destaca.
A edição desta terça-feira (3) segue repercutindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lideranças da sociedade civil contam quais foram seus sentimentos ao voltar ao Palácio do Planalto seis anos após o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff. E tem entrevista com o influenciador anticapacitista Ivan Baron, falando da luta contra a discriminação de pessoas com deficiência.
Ficha Técnica:
Apresentação: Daniel Lamir
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Daniel Lamir e Douglas Matos
Trabalhos técnicos: André Paroche, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em Destaque: Leonardo Milano/ICMBio