Numa ampla lista de mudanças que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá realizar na área da saúde, a tomada de decisões com base na ciência aparece como prioridade.

A afirmação é do ex-ministro Arthur Chioro, que atua como coordenador do governo de transição na área da saúde. O grupo, por enquanto, é composto por mais três ex-integrantes de governos petistas no setor: Humberto Costa, José Gomes Temporão e Alexandre Padilha.

Em entrevista ao programa Bem Viver da edição desta terça-feira (15), Chioro afirma que a equipe de transição “encontra uma situação muito crítica, seja por conta da pandemia, da falta de vacinas, das filas do SUS e do desabastecimento de remédios”.

O especialista vê o orçamento enviado pelo governo Bolsonaro ao congresso nacional como um ponto emergencial. “O orçamento já é péssimo, e além disso, muito foi cortado para atender ao orçamento secreto. Tiram R$ 10 bilhões de fontes como Farmácia Popular, medicamento para AIDS, câncer, saúde indígena… Esses são apenas alguns exemplo”.

Chioro afirma que a equipe de transição já analisou a proposta de orçamento de 2023 e enviou as sugestões de alteração para o comandante desta etapa do governo, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

“Nosso papel fundamental é apoiar nesta confecção de um diagnóstico que identifique problemas, riscos, onde é preciso providências imediatas e também na obtenção das informações para uma proposta de reestruturação do organograma do Ministério da Saúde que é muito comum no início do governo”, explica.

 

Ficha técnica:

Apresentação: Lucas Weber
Roteiro: Geisa Marques
Edição e produção: Lucas Weber, Douglas Matos, Daniel Lamir
Trabalhos técnicos: Emerson Ramos, Adilson Oliveira e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em destaque:  Instituto Lula