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Além do desmatamento, as atividades de mineração devem ser vistas pelos impactos cumulativos nas florestas. Através de tese defendida na Universidade de São Paulo (USP), a engenheira ambiental Juliana Siqueira-Gay defende um olhar sistêmico sobre os impactos da abertura de novas áreas ambientais protegidas. Ela participou da edição do Bem Viver desta sexta-feira (23).
O estudo defendido por Siqueira-Gay em 2021, propõe uma consideração de atividades como a construção de infraestrutura associada, como linhas de transmissão, estradas de acesso, estradas de ferro, além da atração de mão de obra e expansão núcleos urbanos.
“Abre-se uma mina e não temos uma ilha. Temos um desenvolvimento regional que deve ser considerado”, contextualiza a pesquisadora ao ressaltar as ameaças à biodiversidade local na importância dos ecossistemas.
Além do estudo desenvolvido por Juliana Siqueira-Gay, o Bem Viver desta sexta-feira aborda outras possíveis consequências da mineração, ao lembrar as responsabilidades das empresas que atuam no setor. A edição lembrou o caso ocorridos em Mariana (MG), em 2015, e em Brumadinho (MG), em 2019, que resultaram em perdas de vidas e impactos ambientais de grandes proporções.
Dessa forma, o programa destacou um trabalho realizado com crianças de 0 a 6 anos de idade, moradoras de áreas afetadas pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, que identificou altos índices de contaminação por metais pesados. A pesquisa foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz de Minas Gerais (Fiocruz Minas) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Ficha técnica:
Apresentação: Daniel Lamir
Roteiro: Lucas Weber
Edição e produção: Letícia Holanda, André Paroche, Lua Gatinoni e Adilson Oliveira
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em destaque: Greepeace/AFP