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As eleições de 2022 podem representar um marco histórico no parlamento brasileiro. A Campanha Indígena, da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), reuniu 30 candidaturas indígenas, de dezenas de povos distintos, que buscam uma cadeira no congresso nacional.
O objetivo da ação é estimular a população sobre a importância de formar uma “bancada do cocar”, como define Kleber Karipuna, da coordenação executiva da Apib, em entrevista veiculada no programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato, nesta terça-feira (6).
“Historicamente os povos indígenas participam dos debates políticos que direcionam a vida do povo brasileiro, em especial, a do povo indígena. O grande exemplo foram os debates da Constituinte de 1988, que teve muitas propostas e falas de lideranças indígenas. Mas, desde a década de 1970 esse movimento já existia. O que acontece hoje é uma atuação coordenada”, explica Karipuna.
O primeiro indígena eleito no Brasil, que o movimento indígena tem registro, foi Manoel dos Santos, seu Coco, do povo Karipuna, em 1969. Ele ocupou o cargo de vereador na cidade de Oiapoque, no Amapá.
Em 2018, Sonia Guajajara, que era coordenadora executiva da Apib foi candidata ao cargo de vice-presidente em um processo que contribuiu para um aumento de lideranças entrando para disputa eleitoral nos anos seguintes.
No mesmo ano, Joenia Wapichana foi eleita primeira mulher indígena a deputada federal, outro fator que colabora com o aumento de candidaturas.
Conheça mais sobre a Campanha e também quem são os e as candidatas que participam da ação no site da Apib.
Ficha técnica:
Apresentação: Nara Lacerda
Roteiro: Lucas Weber
Edição e produção: Geisa Marques, André Paroche e Lua Gatinoni
Supervisão: Rodrigo Gomes
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato
Foto em destaque: Marcelo Camargo/Agência Brasil