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“Os adultos têm medo do poder de opinião das crianças”, argumenta a pesquisadora Thais Furtado, na busca de uma explicação de por que crianças e adolescentes não aparecem no centro de debates de questões que envolvem política ou economia, por exemplo.
Em entrevista ao programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato, a professora permanente do curso de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Thais Furtado é uma das integrantes fundadoras do Colo, coletivo de jornalismo infantojuvenil lançado, oficialmente, nesta quarta-feira (24).
A rede é integrada por 28 profissionais de diferentes áreas da comunicação e é dividida em cinco eixos de atuação: fortalecimento do segmento; relações com a educação; relações com a academia; relações com outros segmentos do jornalismo; e relações com a sociedade civil.
“A rede reúne jornalistas, pesquisadores e comunicadores que são interessados em fortalecer o debate entre crianças e o jornalismo, discutindo a participação delas nas produções jornalísticas e também como esses trabalhos são feitos para elas”, explica a pesquisadora.
Thais Furtado defende que “o mundo é muito construído de forma adultocêntrica. Tudo que a gente faz e constrói é pensando se é bom para o adulto.”
Roteiro: Lucas Weber
Edição e produção: Geisa Marques, André Paroche e Lua Gatinoni
Coordenação: Camila Salmazio
Direção: Nina Fideles.
Apoio: Equipe de Jornalismo do Brasil de Fato