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Para o ator Wagner Moura, que dirige o filme “Marighella”, em exibição nos cinemas do país após quase dois anos de sucessivos boicotes pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), a produção nasce com um caráter popular e político. Ela tem, em sua visão, um papel claro de recontar a história do líder político Carlos Marighella, que lutou contra a ditadura militar, e de reaproximá-lo da população em um momento histórico em que a resistência se fazem novamente fundamental.
“A ideia inicial do filme é devolver para o imaginário popular esse homem que teve seu nome amaldiçoado. O que eu puder fazer para aproximar filme das pessoas pela qual Marighella lutou eu vou fazer”, disse em entrevista ao Brasil de Fato Entrevista, repercutida na edição de hoje (5) do Programa Bem Viver. “Um filme politico pode e deve ser popular. Não há contradição em falar do Brasil e de uma história com uma ligação profunda com o que acontece agora, sem abrir mão da complexidade dos personagens e do cinema.”