Membros de comunidades quilombolas e pesquisadores concordam que essas populações vivem hoje o pior momento na luta por direitos da História, reforçado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que se posiciona contra a permanência dessas populações em seus territórios. Ainda na campanha eleitoral de 2018, quando ainda era candidato, Bolsonaro afirmou que não demarcaria um centímetro de reserva indígena ou quilombola.

“Temos o primeiro presidente que se opõe a existência dessas comunidades”, diz a coordenadora adjunta da Comissão Pró-índio de São Paulo, Carolina Bellinger, em entrevista a edição de hoje (23) do Programa Bem Viver. “Não ter acesso à terra significa que essas comunidades não conseguem criar planos de desenvolvimento nem ter acesso a programas de créditos rurais, que exigem titularidade. Ao todo, 84% não tem os limites dos territórios reconhecidos. Se começa um empreendimento como os impactos vão ser dimensionados?”