Agendamentos suspensos, consultas postergadas, exames adiados e complexos de saúde inteiros direcionados apenas para o tratamento da covid-19. Essa foi a realidade do Sistema Único de Saúde (SUS) durante os piores meses da pandemia do novo coronavírus, que exigiu prioridade máxima para o tratamento da doença, deixando para depois tratamentos menos graves. Especialistas alertam que essa demanda reprimida pode saturar o sistema e que é urgente o poder público se preparar para receber os pacientes.

“Muitas pessoas falavam que não estavam indo aos serviços de saúde por medo da pandemia. A gente também conhece muitos lugares que não estavam fazendo agendamento, tanto na atenção básica como nos serviços hospitalares”, disse o médico de família e comunidade Aristóteles Cardona, em entrevista ao podcast Covid-19 na Semana, repercutido na edição de hoje (15) do Programa Bem Viver. “Somado a esse represamento temos a covid-19 longa, que são as pessoas que ficaram com sequelas da doença e que precisarão de atendimento.”