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Pelo menos 50 organizações que atuam em defesa da saúde pública apresentaram um manifesto contra uma resolução do governo federal que altera as regras de precificação de medicamentos e que pode ocasionar uma escalada de preços destes produtos. Segundo elas, a atitude do governo fere o sistema regulatório do mercado de medicamentos e pode agravar a crise econômica e sanitária vivenciada no país.
“Temos uma política ultraliberal que acha que não pode haver subsídios. No campo de medicamento isso é um desastre que aumenta a possibilidade de as pessoas sofrerem e morrerem”, afirmou o médico sanitarista Reinaldo Guimarães, diretor da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), organização signatária do manifesto. “Se eu aumento os preços, reduzo o acesso e isso prejudica a saúde da população. Os gastos das famílias nas farmácias vão aumentar. É uma política criminosa”, disse em entrevista a edição de hoje (24) do Programa Bem Viver.