A alta no preço dos alimentos, sentida amplamente pelas famílias brasileiras, é reflexo de diversos erros políticos e econômicos, em especial o fim dos estoques regulares, que deixou o país sem margem para controlar os preços. É o que defende o economista Caio Vilela, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Instituto de Finanças Pessoais. Ele foi o entrevistado na edição de hoje (13) do Programa Bem Viver.

“Os alimentos que nós consumimos costumavam ser controlados pela Companhia Nacional de Abastecimento [Conab]. Até 2014 havia uma politica muito forte de estoque regulador, na qual o país mantinha grãos em armazéns para doar ou para servir de insumos para produção de pequenos agricultores, o que ajudava a controlar os preços. A Conab cortou 27 unidades de estoques regulador, perdendo capacidade de controlar o valor dos alimentos e ficando vulnerável a choques de custos”, disse o economista.