Retirar prioridade de comunidades indígenas, quilombolas e de agricultores familiares na venda de alimentos para escolas públicas, seguindo projeto de lei aprovado em maio pela Câmara dos Deputados, pode impactar a alimentação das crianças e reduzir a circulação de renda dentro das comunidades. O PL 3.292/2020, que altera o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), está parado no Senado, sem previsão de ser colocado em pauta.

“O programa garante que as crianças consumam alimentos produzidos localmente, de acordo com os hábitos alimentares da comunidade e a diversidade do local”, disse Terena Castro, assessora técnica do Programa Cerrado e Caatinga do Instituto Sociedade, População e Natureza (INPN), em entrevista à edição de hoje (23) do Programa Bem Viver. “Além disso, quando o governo compra dessas comunidades garante uma fonte de renda para as famílias, que vai ser investida na economia local, garantindo desenvolvimento para a região.”