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Para o poeta Maurício Simionato, que recentemente lançou o livro “O Arado de Odara, uma Distopia Tropical”, escrever é uma forma de resistência política. A última obra do autor reúne 92 poemas que discutem o Brasil dos tempos atuais, em especial a dor coletiva da pandemia, a onda de negacionismo, as fakenews, a intolerância, o aumento da pobreza e a crise política que toma conta o país.
“Acho que escrever poesia é persistir na existência. Apesar de tudo, eu vou continuar escrevendo poesia e fazendo arte. É um meio de mostrar que a gente continua resistindo. É uma forma de resistência”, disse em entrevista a edição de hoje (29) do Programa Bem Viver. “Eu testei a potência da escrita poética diante desse quadro de negacionismo e de genocídio. Não foi intensão de fazer manifesto, mas acabou se transformando em um, porque os poemas têm características que se encaixam. Há um protesto ali, uma tentativa de se revolucionar.”