A privatização da Eletrobras durante uma crise sanitária, econômica e diante da possibilidade de racionamento de energia elétrica é uma opção “irresponsável” e um “tiro no escuro” para o país, segundo o engenheiro Renato Queiroz, que é professor do grupo de energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele foi entrevistado na edição de hoje (10) do Programa Bem Viver para debater os riscos da venda da estatal, que foi aprovada pela Câmara Federal em maio.

“Se o Senado aprovar a medida provisória de privatização da Eletrobras será um tiro no escuro, uma inconsequência. Na hora de uma crise sanitária e econômica, com possibilidade de falta de eletricidade, é dar um tiro no escuro dizendo que vai melhorar quando vender. Como? O passado não nos mostra isso. Esse processo só vai criar incertezas e riscos”, disse. “A Eletrobras também ajuda a resolver conflitos e implantar programas ambientais. É uma empresa elétrica mas também social.”