Apesar de adotar políticas internas de mitigação das mudanças climáticas, redução de emissões e adoção de modelos de produção sustentáveis, a União Europeia continua fabricando e comercializando agrotóxicos considerados extremamente perigosos com o Brasil. Algumas das substâncias vendidas pelo bloco econômico, inclusive, são proibidas nos países da Europa. Especialistas alertam que essa dinâmica é contraditória, cria um duplo padrão de uso e dá continuidade a relações comerciais baseadas em princípios colonialistas.

“Assim a União Europeia compactua com o modelo de produção alimentar do Brasil, que é baseado na monocultura e em uma enxurrada de agrotóxicos. Ela ajuda a perpetuar um modelo que deixa rastro de destruição, com desmatamento, perda da biodiversidade e contaminação do solo e da água. A Europa contribui para que isso ocorra aqui enquanto muda suas diretrizes internamente”, diz a integrante da organização não-governamental Greenpeace, Marina Lacôrte, em entrevista a edição de hoje (24) do Programa Bem Viver.