Em um momento de mudanças drásticas nos hábitos da população devido à pandemia e às medidas de isolamento social, o Ministério da Saúde está atrasado na realização da pesquisa anual sobre fatores de risco para doenças crônicas, considerada um dos levantamentos mais importantes de saúde pública. Sem perspectiva para realização do levantamento em 2021, o país pode sofrer um apagão de dados, o que impede o planejamento de políticas públicas efetivas para combater esse tipo de doenças, responsáveis por 75% das mortes prematuras no Brasil.

“Estamos em um momento muito importante, com mudanças radicais no estilo de vida das pessoas. Precisamos saber o que aconteceu nesse período em relação ao comportamento da população. São dados muito valiosos, deveriam ser avaliados de forma emergencial para planejarmos o que fazer”, diz Paula Johns, diretora-geral da organização ACT Promoção em Saúde, que monitora tendências dos hábitos dos brasileiros. Ela foi entrevistada na edição de hoje (15) ao Programa Bem Viver.